Grande formato ou miniatura
Importa se é miniatura, pequeno ou grande formato, quando obras criadas por reconhecidos artistas são o que nos seduz e nos fascina de fato?! Por vezes são temáticas, – noutras, abstratas – geniais composições e combinações: cores, texturas, formas, a maneira como fora executada e construída...
Temas, grandes ou pequenas dimensões e meios sofisticados, nem sempre são relevantes no "tamanho" de uma obra, a grandeza pode estar na simplicidade ou mesmo na complexidade do gesto espontâneo e livre da expressão criativa do artista, assim como na idéia conceitual intrínseca à sua obra. E o artista, este certamente não se inquietara com divagações, "fantasias" de outros, no momento do ato criativo. Análises, conceitos e teorizações técnicas, históricas ou estéticas feitas posteriormente, provavelmente sejam coisas que não lhe povoam o pensamento num momento de livre exercício de expressividade e criação. A intenção pode indicar um sentido de criar e estabelecer um diálogo que é ao mesmo tempo monólogo, através de um questionamento iniciado consigo mesmo e com o seu meio, de onde eclodem infindáveis possibilidades artístico/criativas em geniais realizações da expressividade artística humana, da capacidade de percepção e expressão, da síntese interpretativa da própria realidade frente à realidade do universo, do meio, do tempo... e, talvez muito especialmente, da unicidade da linguagem plástica individual do artista, que caracteriza personalidade e genialidade à obra, seja miniatura ou grande formato.
Otávio Maia
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